terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estudo do Ministério da Saúde mostra que Osasco tem índices satisfatórios de combate à dengue


As ações integradas de combate à dengue, promovidas pela Prefeitura de Osasco por meio da Secretaria de Saúde, trazem resultados positivos para a cidade. De acordo com o LIRAa 2011 (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), apresentado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Osasco mantém índices satisfatórios de controle do mosquito. O mapa que permite identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do transmissor é resultado do estudo realizado entre outubro e novembro pelo Ministério da Saúde, em parceira com as secretarias municipais do setor.

O levantamento apontou que dos 561 municípios pesquisados, 48 estão em situação de risco, 236 em alerta e 277 apresentam índice satisfatório. Na região, Osasco é o único município que apresenta índices satisfatórios. O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Osasco, Fábio de Souza, destacou que esse resultado é muito importante para o município. “O resultado estimula maior envolvimento e é um incentivo para continuarmos a desenvolver esse trabalho no município”, disse.
Para o secretário de Saúde, Gelso de Lima, paralelamente às campanhas educativas permanentes de prevenção que visam o envolvimento e a conscientização da população no combate a dengue, a administração também realiza mutirões e promove a capacitação constante dos profissionais. “Sabemos que é um resultado positivo que reflete o comprometimento do prefeito Emidio de Souza e o trabalho do grupo. Isso mostra que estamos no caminho certo”, disse. Esse ano, sob o tema “Previna-se! A Dengue Mata – Faça sua Parte”, a campanha municipal propõe o envolvimento da população nas ações de enfrentamento à doença, visando a conscientização. 
Juliana Oliveira
Assessoria de comunicação da Secretaria da Saúde

Departamento de Comunicação Social
Telefones: (11) 3652-9456 / 3652-9520
Diretora: Emilia Cordeiro
e-mail: imprensa@osasco.sp.gov.br

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CARTA DA 14ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE À SOCIEDADE BRASILEIRA

Todos usam o SUS: SUS na Seguridade Social! 
Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um desafio para o sus
Nestes cinco dias da etapa nacional da 14ª Conferência Nacional de Saúde reunimos 
2.937 delegados e 491 convidados, representantes de 4.375 Conferências Municipais e 
27 Conferências Estaduais.
Somos aqueles que defendem o Sistema Único de Saúde como patrimônio do povo 
brasileiro.
Punhos cerrados e palmas! Cenhos franzidos e sorrisos.
Nossos mais fortes sentimentos se expressam em defesa do Sistema Único de Saúde.
Defendemos intransigentemente um SUS Universal, integral, equânime, 
descentralizado e estruturado no controle social.
Os compromissos dessa Conferência foram traçados para garantir a qualidade de 
vida de todos e todas.
A Saúde é constitucionalmente assegurada ao povo brasileiro como direito de todos e 
dever do Estado. A Saúde integra as políticas de Seguridade Social, conforme 
estabelecido na Constituição Brasileira, e necessita ser fortalecida como política de 
proteção social no País.
Os princípios e as diretrizes do SUS  – de descentralização, atenção integral e 
participação da comunidade  – continuam a mobilizar cada ação de usuários, 
trabalhadores, gestores e prestadores do SUS.
Construímos o SUS tendo como orientação a universalidade, a integralidade, a 
igualdade e a equidade no acesso às ações e aos serviços de saúde.
O SUS, como previsto na Constituição e na legislação vigente é um modelo de reforma 
democrática do Estado brasileiro. É necessário transformarmos o SUS previsto na 
Constituição em um SUS real.
São os princípios da solidariedade e do respeito aos direitos humanos fundamentais que 
garantirão esse percurso que já é nosso curso nos últimos 30 anos em que atores sociais 
militantes do SUS, como os usuários, os trabalhadores, os gestores e os prestadores, 
exercem papel fundamental na construção do SUS.
A ordenação das ações políticas e econômicas deve garantir os direitos sociais, a 
universalização das políticas sociais e o respeito às diversidades etnicorracial, 
geracional, de gênero e regional. Defendemos, assim, o desenvolvimento sustentável e um projeto de Nação baseado na soberania, no crescimento sustentado da economia e no 
fortalecimento da base produtiva e tecnológica para diminuir a dependência externa.
A valorização do trabalho, a redistribuição da renda e a consolidação da democracia 
caminham em consonância com este projeto de desenvolvimento, garantindo os direitos 
constitucionais à alimentação adequada, ao emprego, à moradia, à educação, ao acesso à 
terra, ao saneamento, ao esporte e lazer, à cultura, à segurança pública, à segurança 
alimentar e nutricional integradas às políticas de saúde.
Queremos implantar e ampliar  as Políticas de Promoção da Equidade para reduzir as 
condições desiguais a que são submetidas as mulheres, crianças, idosos, a população 
negra e a população indígena, as comunidades quilombolas, as populações do campo e 
da floresta, ribeirinha, a população LGBT, a população cigana, as pessoas em situação 
de rua, as pessoas com deficiência e patologias e necessidades alimentares especiais.
As políticas de promoção da saúde devem ser organizadas com base no território com 
participação inter-setorial articulando a vigilância em saúde com a Atenção Básica e 
devem ser financiadas de forma tripartite pelas três esferas de governo para que sejam 
superadas as iniqüidades e as especificidades regionais do País.
Defendemos que a Atenção Básica seja ordenadora da rede de saúde, caracterizando-se 
pela resolutividade e pelo acesso e acolhimento com qualidade em tempo adequado e 
com civilidade.
A importância da efetivação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Mulher, a garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos, além da garantia de 
atenção à mulher em situação de violência, contribuirão para a redução da mortalidade 
materna e neonatal, o combate ao câncer de colo uterino e de mama e uma vida com 
dignidade e saúde em todas as fases de vida.
A implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra deve estar 
voltada para o entendimento de que o racismo é um dos determinantes das condições de 
saúde. Que as Políticas de Atenção Integral à Saúde das Populações do Campo e da 
Floresta e da População LGBT, recentemente pactuadas e formalizadas, se tornem 
instrumentos que contribuam para a garantia do direito, da promoção da igualdade e da 
qualidade de vida dessas populações, superando todas as formas de discriminação e 
exclusão da cidadania, e transformando o campo e a cidade em lugar de produção da 
saúde. Para garantir o acesso às ações e serviços de saúde, com qualidade e respeito às 
populações indígenas, defendemos o fortalecimento do Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena. A Vigilância em Saúde do Trabalhador deve se viabilizar por meio da 
integração entre a Rede Nacional de Saúde do Trabalhador e as Vigilâncias em Saúde 
Estaduais e Municipais. Buscamos o desenvolvimento de um indicador universal de 
acidentes de trabalho que se incorpore aos sistemas de informação do SUS. Defendemos 
o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Mental e Álcool e outras drogas, 
alinhados aos preceitos da Reforma Psiquiátrica antimanicomial brasileira e coerente 
com as deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental.
Em relação ao financiamento do SUS é preciso aprovar a regulamentação da Emenda 
Constitucional 29. A União deve destinar 10% da sua receita corrente bruta para a 
saúde, sem incidência da Desvinculação de Recursos da União (DRU), que permita ao Governo Federal a redistribuição de 20% de suas receitas para outras despesas. 
Defendemos a eliminação de todas as formas de subsídios públicos à comercialização 
de planos e seguros privados de saúde e de insumos, bem como o aprimoramento de 
mecanismos, normas e/ou portarias para o ressarcimento imediato ao SUS por serviços 
a usuários da saúde suplementar. Além disso, é necessário manter a redução da taxa de 
juros, criar novas fontes de recursos, aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras 
(IOF) para a saúde, tributar as grandes riquezas, fortunas e latifúndios, tributar o tabaco 
e as bebidas alcoólicas, taxar a movimentação interbancária, instituir um percentual dos 
royalties do petróleo e da mineração para a saúde e garantir um percentual do lucro das 
empresas automobilísticas.
Defendemos a gestão 100% SUS, sem privatização: sistema único e comando único, 
sem “dupla-porta”, contra a terceirização da gestão e com controle social amplo. A 
gestão deve ser pública e a regulação de suas ações e serviços deve ser 100% estatal, 
para qualquer prestador de serviços ou parceiros. Precisamos contribuir para a 
construção do marco legal para as relações do Estado com o terceiro setor. Defendemos 
a profissionalização das direções, assegurando autonomia administrativa aos hospitais 
vinculados ao SUS, contratualizando metas para as equipes e unidades de saúde. 
Defendemos a exclusão dos gastos com a folha de pessoal da Saúde e da Educação do 
limite estabelecido para as Prefeituras, Estados, Distrito Federal e União pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal e lutamos pela aprovação da Lei de Responsabilidade Sanitária.
Para fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde é estratégico 
promover a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras em saúde, investir na 
educação permanente e formação profissional de acordo com as necessidades de saúde 
da população, garantir salários dignos e carreira definida de acordo com as diretrizes da 
Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, assim como, realizar concurso ou 
seleção pública com vínculos que respeitem a legislação trabalhista. e assegurem 
condições adequadas de trabalho, implantando a Política de Promoção da Saúde do 
Trabalhador do SUS.
Visando fortalecer a política de democratização das relações de trabalho e fixação de 
profissionais, defendemos a implantação das Mesas Municipais e Estaduais de 
Negociação do SUS, assim como os protocolos da Mesa Nacional de Negociação 
Permanente em especial o de Diretrizes Nacionais da Carreira Multiprofissional da 
Saúde e  o da Política de Desprecarização. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários no 
âmbito municipal/regional deve ter como base as necessidades loco-regionais, com 
contrapartida dos Estados e da União.
Defendemos a adoção da carga horária máxima de 30 horas semanais para a 
enfermagem e para todas as categorias profissionais que compõem o SUS, sem redução 
de salário, visando cuidados mais seguros e de qualidade aos usuários. Apoiamos ainda 
a regulamentação do piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes 
de Controle de Endemias (ACE), Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes 
Indígenas de Saneamento (AISAN) com financiamento tripartite.
Para ampliar a atuação dos profissionais de saúde no SUS, em especial na Atenção 
Básica, buscamos a valorização das Residências Médicas e Multiprofissionais, assim 
como implementar o Serviço Civil para os profissionais da área da saúde. A revisão e 
reestruturação curricular das profissões da área da saúde devem estar articuladas com a regulação, a fiscalização da qualidade e a criação de novos cursos, de acordo com as 
necessidades sociais da população e do SUS no território.
O esforço de garantir e ampliar  a participação da sociedade brasileira, sobretudo dos 
segmentos mais excluídos, foi determinante para dar maior legitimidade à 14ª 
Conferência Nacional de Saúde. Este esforço deve ser estendido de forma permanente, 
pois ainda há desigualdades de acesso e de participação de importantes segmentos 
populacionais no SUS.
Há ainda a incompreensão entre alguns gestores para com a participação da comunidade 
garantida na Constituição Cidadã e o papel deliberativo dos conselhos traduzidos na Lei 
nº 8.142/90. Superar esse impasse é uma tarefa, mais do que um desafio.
A garantia do direito à saúde é, aqui, reafirmada com o compromisso pela implantação 
de todas as deliberações da 14ª Conferência Nacional de Saúde que orientará nossas 
ações nos próximos quatro anos reconhecendo a legitimidade daqueles que compõe os 
conselhos de saúde, fortalecendo o caráter deliberativo dos conselhos já conquistado em 
lei e que precisa ser assumido com precisão e compromisso na prática em todas as 
esferas de governo, pelos gestores e prestadores, pelos trabalhadores e pelos usuários.
Somos cidadãs e cidadãos que não deixam para o dia seguinte o que é necessário fazer 
no dia de hoje. Somos fortes, somos SUS.
PLENARIA FINAL DA  14ª CNS
Brasília, DF, 04/12/11

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Conselho Municipal de Saúde elege novo presidente e conselheiros são empossados


Na última quarta-feira, dia 29 de novembro, os novos conselheiros municipais de saúde, empossados pelo prefeito no dia 28, elegeram o novo presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Osasco, Antonio Jardim, para a gestão 2011/2013, e a secretária executiva do Conselho, Liberaci de Oliveira de Souza.
Na ocasião, também aconteceu a última reunião dos conselheiros, cujo mandato foi de 2009 a 2011 e a aprovação da última ata de reunião. Em seguida, foi realizada a primeira reunião ordinária da nova gestão, que contou com a presença dos novos conselheiros.

Dois candidatos concorreram à presidência, dos quais Antonio Jardim, eleito por 15 votos a um, assumiu o cargo até então ocupado por Regina de Oliveira Martini Cottes.

Na primeira ação como presidente do CMS, Antonio Jardim irá representar o município de Osasco e o Estado de São Paulo na 14ª Conferência Nacional de Saúde em Brasília, que acontece de 30 de novembro a 4 de dezembro, com mais 5 delegados do Conselho Municipal de Saúde. Mariselles Pinheiro de Souza Cunha e Suzete Souza Franco, representantes do segmento trabalhadores; Maria Regina Martini de Oliveira Cottes e Maria Crisitna Corredor, representantes do segmento usuários; e Antonio Jardim e Solange Cristina Silva, representantes do Governo. Os delegados irão defender as propostas aprovadas na 6ª Conferência Estadual de Saúde.

Jardim agradeceu pela oportunidade, citou que já milita na área da saúde há muito tempo e que almeja que, com sua disponibilidade e trabalho, possa contribuir com os papeis fiscalizador, deliberativo, orientador e de controle social do órgão. “O conselho é um instrumento importante para discutir e nortear as políticas de saúde no município, por isso quero contribuir para melhoria da qualidade no atendimento à população, cumprindo o mandato em sintonia com o governo municipal”, concluiu.

NOVOS CONSELHEIROS
Já na noite da última segunda-feira, 28 de novembro, o prefeito Emidio de Souza realizou em seu gabinete, a cerimônia de posse dos novos membros do Conselho Municipal de Saúde.
O órgão é permanente e deliberativo, formando por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
Durante o evento a então presidente do Conselho, Regina Martini, elogiou o trabalho dos conselheiros salientando a importância de cada um no decorrer de sua gestão.  "Agradeço a todos pelo apoio e pela confiança que depositaram no nosso trabalho, desejo sorte e perseverança aos novos conselheiros nessa missão que é o de fortalecer cada vez mais o SUS", disse.
Para o secretário de Saúde Gelso de Lima, o Conselho surgiu não só para se fazer cumprir o que diz a lei, mas também para ajudar a cidade a enfrentar os desafios da área da Saúde no município. “Essas ações fazem parte de uma gestão democrática. Sabemos que os conselheiros executam ações de fiscalização de forma voluntária, costumo dizer que atuar na área da saúde é um trabalho de militância, exige dedicação e entrega.”, destacou.
Já o deputado federal João Paulo Cunha falou sobre a importância do trabalho desenvolvido pelos Conselhos. “Tenho certeza de que este novo conselho vai cumprir seu papel e ajudar muito nossa cidade. O conselheiro não foi escolhido para resolver problemas pessoais, acomodar situações ou ajeitar as coisas para um médico ou outro. Conselheiro é para servir como ponte entre o cidadão e o poder público. Se tiver que criticar, tem que criticar. Essa é a responsabilidade do conselheiro. E é bom que o conselheiro leve ao secretário de saúde os problemas, que faça a crítica. Criticar não significa estar contra. Significa que ele quer fazer daquela crítica uma alavanca, um motor para resolver problemas”, afirmou.
Na ocasião, o prefeito Emidio de Souza agradeceu cada conselheiro eleito e destacou o desafio que vão assumir, já que a partir de agora começam a defender os direitos e deveres da população junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).  “Osasco tornou-se uma cidade democrática e que investe, por meio de seus conselhos, em uma sociedade civil organizada”, afirmou.
Também prestigiaram o evento o deputado estadual Marcos Martins, o Chefe de Gabinete do prefeito e coordenador do Orçamento Participativo (OP), José Pedro da Silva; os secretários municipais Paulo Fiorilo (Administração), Renato Afonso Gonçalves (Assuntos Jurídicos), a coordenadora da Mulher e Promoção da Igualdade Racial, Sonia Rainho; a coordenadora de Relações Internacionais, Gleides Sodré Almazan; a diretora de Comunicação Social, Emilia Cordeiro; os vereadores Aluisio Pinheiro (presidente da Câmara Municipal), Valmir Prascidelli (líder do prefeito na Câmara), Antonio Toniolo, Eduardo Martins (o Eduardão), João Góis, Nelson Matias, Osvaldo Vergínio e Valdomiro Ventura; dentre outras autoridades.


Milene Carvalho e Juliana Oliveira
Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde
Departamento de Comunicação Social
Telefones: (11) 3652-9456 / 3652-9520
Fotografia: Ivan Cruz e Ulisses Barbosa
Diretora: Emilia Cordeiro
e-mail: imprensa@osasco.sp.gov.br

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Bullying uma reflexão

Tenho acompanhado os noticiários nacionais e internacionas que tratam da violência em escolas. Não quero aqui discutir como definir o que vem acontecendo nas escolas do nosso Brasil, por isso vou utilizar o termo em inglês.
Há tempos tenho pensado em escrever sobre esse tema, porém ao ler no Jornal Debate online sobre o ocorrido na Escola Estadual José Ariano Rodrigues em Lins, penso que não devo me calar.
“O Bullying é um problema que está ocorrendo no mundo inteiro. O termo descreve atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um ou mais indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia, sem motivação aparente, mas numa relação de força ou poder desigual”. Essa definição é encontrada em diversas fontes.
Todos nós nos lembramos de uma ou outra briga que tivemos nos tempos de escola. Era coisa de moleque. Ramente se ouvia falar em briga de meninas. Eram brigas “de mão” e alguns dias depois voltava a amizade.
Mas, o que vemos hoje é estarrecedor. Chegamos ao ponto de crianças levarem armas para as escolas, planejar vinganças e o pior de tudo estorquir amigos sob o pretexto de dar proteção ou para não baterem no mesmo. Muitas das agressões acontecem pelo simples fato de não emprestar um lápis ou caneta.
Nós pais e mães precisamos entrar nesse debate. Devemos construir um novo processo pedagógico. É evidente que as nossas crianças de hoje sabem muito mais que os nossos jovens de ontem. A tecnologia é extremamente superior e mal sabemos manusear. Muitas vezes pedimos para nosso filho de oito anos configurar nossa celular ou computador. É a tão sonhada modernidade ou pós modernidade.
Em Lins já ocorreram situações semelhantes a agora noticiada, outras talvez nem chegamos a saber por acharmos que isso é normal.
Na minha modesta opinião estamos em um ciclo muito perigoso. A violência tem aumentado muito e cada vez em idade menor. Dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística demostram que perdemos muitos jovens em função da violência.
Aumentam os casos de professores humilhados e agredidos nas escolas por crianças e adolescentes. Isso atinge todas classes sociais. O que me preocupa é que qualquer dia desses pode ser o meu ou o seu filho que aparecerá em manchetes de jornais sendo agredido ou como agressor.
Devemos garantir o direito de ir e vi a todos os seres humanos. Também, não podemos deixar avançar qualquer tipo de discriminação. Pelo contrário, temos que garantir o direito à vida, à dignidade, o respeito pelas opções pessoas, sejam elas de credo religioso, profissional, esportiva, sexual, cultural, política ou qualquer outra. O tempo por si só não resolverá. A situação é grave e temos que agir agora para que no futuro não nos lamentemos.